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5 Poemas de Cláudio Manuel da Costa

 5 Poemas de Cláudio Manoel da Costa 

1. CANTO HERÓICO


Ao Ilmo. e Exmo. Sr. D. Antônio de Noronha, na ocasião em que os movimentos da Guerra do Sul o obrigaram a marchar para o Rio de janeiro com as tropas de Minas Gerais.

Jam nunc minaci murmure cornuum

Perstringis aures, jam litui strepunt

Jam fulgor armorum fugaces

Terret equos, equitumque vultus.

HORÁCIO. lib. 2, od. 1a.


Marte feroz, que com semblante irado

Influís nos mortais a dura guerra,

Sofre que a teus ouvidos chegue o brado

Da minha aflita, e magoada Terra:

A paz tranqüila e o sereno estado

Do nosso bem por ti já se desterra;

Por ti eu vejo que a discórdia crua

Sacode as serpes da madeixa sua.


2

Busca a ardente fornalha o ferro que antes

De útil arado ao lavrador servia;

Punhais agudos, lanças penetrantes

Levam na mão, que os rege a morte fria:

Ouvem-se as vozes dos clarins vagantes,

Soa da caixa a fúnebre harmonia,

Guerra, guerra, publica o eco horrendo,

Que os montes fere, os vales vai rompendo.


3

Deixa da amada esposa o casto leito

O saudoso pai, que o filho adora,

E do amor e da honra ao vário efeito,

Desperta a um tempo, e ao mesmo tempo chora;

Fugi, mortais, que o palpitante peito

Treme e se gela; a Fama vencedora

De longe vos acena, e vos convida;

Mas de sangue e de pó será tingida.


4

Céus, e como inda anima a idéia infame

Um concelho tão vil? Que influxo impuro

Me arrebata, e me obriga a que vos chame

Ao letargo infeliz de um veio escuro?

A glória ilustre, a glória vos inflame

De sustentar de vossa Pátria o muro,

De ver a vossos pés o orgulho fero,

Com que vos ameaça o ferro ibero.


5

Noronha é que vos guia. Ele na frente

Dos Reais Esquadrões empunha a espada,

Aquela espada que inda fuma quente

Do sangue hispano, em que já foi banhada;

Dos preclaros Avós, quando pendente,

Se viu da Fama na imortal morada;

Ela inspira neste Herói o exemplo,

Que bem desempenhado hoje contemplo.


6

Se buscais da Vitória um fausto agoiro,

Eu vo-lo posso dar: entrai comigo

A registar o Templo; vede o Loiro

De tanto egrégio resplandor antigo;

Aquele respeitável busto de oiro

Guarda o Primeiro Pedro, o Rei amigo;

O Quinto Afonso os seus serviços mede

No Condado feliz de Cantanhede.


7

Derivando-se a rama esclarecida

Dos ilustres, esplêndidos Menezes,

Por um Jorge, um João, e outros que a vida

Perderam entre os bélicos arneses,

Vede no grande Antônio enriquecida

De mil troféus a glória; este que as vezes

Sustenta do Primeiro, em prêmio prova,

Por mão do Rei Felipe, a mercê nova.


8

Passa o título a Antônio, e já respira

Neste Conde imortal a glória rara

Do excelso Marquesado; o Rei admira

Crescer a estirpe majestosa e clara:

De ramo em ramo se dilata e gira

O régio adorno, que a Fortuna ampara;

Grandes são todos, e a maior grandeza

É das virtudes a feliz nobreza.


9

Menezes e Noronhas vêm ligados

Em laço ilustre, e de mil Reis a glória

Se vê reproduzir nestes traslados,

Que os fastos enchem já da Lusa História:

Nas bélicas empresas aprovados,

Oh! e quanto distintos na memória

Eu os encontro, eu os adoro, e vejo,

Se busco o Ganges, se demando o Tejo!


10

África o diga em dessolados rumes?

De frios ossos alvejando as praias;

Digam-no de Ásia aos cortadores gumes,

Rasas no campo, as Legiões cambaias.

Semideuses da terra e dignos Numes

Os viu o Tejo nas frondosas raias;

Em Montes Claros e Elvas inda soa

O clarim, que as vitórias apregoa.


11

Que parte o mundo em seus limites conta,

Que de tantos Heróis não honre, e guarde

As preclaras ações? Febo as apontar

Onde nasce, onde morre, e onde mais arde.

Se a um e a outro hemisfério se remonta

A glória sua, a nós se não retarde

A ventura de vermos neste Estado

Por um Noronha o nosso bem firmado.


12

Antônio, o grande Antônio é quem segura

Das Pátrias Minas o feliz distrito,

Por ele a mão da próvida Ventura

Tem o nosso prazer em bronze escrito:

Dos férteis campos, que talar procura

O soberbo espanhol, eu já medito

Que livres do temor, do pranto enxutos,

Nós passaremos a colher os frutos.


13

Então de palmas a coberta estrada

Aos seus triunfos abrirá caminho,

Mil vivas entoando a Esquadra armada,

Desde o Rio da Prata a Doiro e Minho.

Pender veremos da luzenta espada

Ricos despojos, que o curvado Pinho

Farão gemer; veremos como torna

Cheio de loiros, de que a testa adorna.


14

Parte, valente Herói, parte, e a teu mando

Ajunta um corpo de rendidos peitos,

Que então são dignos de seguir-te, quando

Amam da glória os imortais respeitos;

Teu nome, o vôo sobre a Fama dando,

Passe do mundo os âmbitos estreitos;

E além da meta que o Tebano assina

Firma o brasão da Lusitana Quina.


15

Cândida nuvem desde os Céus desata

A abundância, o prazer, e a alegria;

Sereno o aspecto da Fortuna ingrata,

Longe de nós Remnúsia se desvia.

Não é engano, que a ilusão dilata

Na fecunda, ociosa fantesia;

Eu o vejo, eu o sinto, e já se apressa

A feliz hora, e a estação começa.


16

Correi de leite, e mel, ó pátrios rios,

E abri dos seios o metal guardado;

Os borbotões de prata, e de oiro os fios

Saiam do Luso a enriquecer o estado;

Intratáveis penedos, montes frios,

Deixai ver as entranhas, onde o Fado

Reserva pela mão do Herói mais nobre

Dar ao mundo os tesoiros que inda encobre.


17

Verdes, negros Tritões tecendo a amarra

Prendam no Tejo as carregadas Frotas

Que vêm buscando a Lusitana Terra,

Lá desde o seio das regiões remotas;

O Hispano Leão curvando a garra

Trema de espanto, e nas entranhas rotas

Sinta o furor da macilenta inveja,

Que o rói, e morde, e em devorar forceja.


18

Mas eu, que me dilato ou me detenho

Nas imagens de auspício tão ditoso,

Se a profética luz em desempenho

Transpira já no quadro luminoso?

Já desde o Porto o desatado Lenho?

Ao triunfante Herói recebe ansioso,

Já pouco a pouco o vento, abrindo as velas,

Foge do Pátrio Rio às praias belas.


19

Parte, valente Herói, mas deixa entanto

Que te chore o País deserto e triste!

Quanto é pesada a tua ausência, e quanto

Ela debalde a tanta dor resiste!

Permite ao menos que o saudoso pranto

Te acompanhe e te siga, e se já viste

De ũa muda eloqüência o ardente efeito,

Rende à ternura o resoluto peito.


28

Mas desde o Hebro desatar o Pinho,

Qual fero Jarba a disputar Cartago;

Do parente, do amigo e do vizinho

Tentar o golpe e fulminar o estrago;

Fazer do Elísio ao imortal caminho

Tantas almas de Heróis cruzar o lago

Do frio Lete... ah! que o teu nome eu vejo

Andar aos netos com vergonha, e pejo!


29

Se a impulsos de um furor corre inimigo

Teu braço a provocar-nos, eu te juro

Que vejas renascer o esforço antigo

Que tantas vezes te atacou seguro:

Traze em memória o mísero castigo

Daquele pacto que te achou perjuro,

Vê se os trezentos Fábios inda alenta

A série augusta dos Varões quarenta.


30

Lembre-te que de todo enfraquecido

O Reino estava, e qual Anteu gigante

Com mais forças pulou do chão erguido

A restaurar o cetro vacilante:

Lembre-te que entre os poucos do partido

Nenhum tão digno de que a Fama o cante

Como um Pedro Menezes. Tens presente

No grande Antônio o sucessor valente.


2. ROMANCES - L I S E


ROMANCE I



Pescadores do Mondego,

Que girais por essa praia,

Se vós enganais o peixe,

Também Lise vos engana.


Vós ambos sois pescadores;

Mas com diferença tanta,

Vós ao peixe armais com redes,

Ela co'olhos vos arma.


Vós rompeis o mar undoso:

Para assegurar a caça;

Ela aqui no porto espera,

Para lograr a filada.


Vós dissimulais o enredo,

Fingindo no anzol a traça;

Ela vos expõe patentes

As redes, com que vos mata.


Vós perdeis a noite, e dia

Em contínua vigilância;

Ela em um só breve instante

Consegue a presa mais alta.


Guardai-vos, pois, pescadores,

Dos olhos dessa tirana;

Que para troféus de Lise

Despojos de Alcemo bastam.


Enquanto as ondas ligeiras

Desta corrente tão clara

Inundarem mansamente

Estes álamos, que banham;


Eu espero, que a memória

O conserve nestas águas,

Por padrão dos desenganos,

Por triunfo de uma ingrata.


E na frondosa ribeira

Deste rio, triste a alma

Girará sempre avisando,

Quem lhe soube ser tão falsa.


Cláudio Manuel da Costa


3. ALTÉIA - ROMANCE III

Aquele pastor amante,

Que nas úmidas ribeiras

Deste cristalino rio

Guiava as brancas ovelhas;


Aquele, que muitas vezes

Afinando a doce avena,

Parou as ligeiras águas,

Moveu as bárbaras penhas;


Sobre uma rocha sentado

Caladamente se queixa:

Que para formar as vozes,

Teme, que o ar as perceba.


Os olhos levanta, e busca

Desde o tosco assento aquela

Distancia, aonde, discorro,

Que tem a origem da pena:


E depois que esmorecidos

Da dor os olhos, na imensa

Explicação do tormento,

Sufocada a luz, se cegam;


Só às lágrimas recorre,

Deixando-se ouvir apenas

Daquelas árvores mudas,

Daquela mimosa relva!


Com torpe aborrecimento

A companhia despreza

Dos pastores, e das ninfas;

Nada quer; tudo o molesta.


Erguido sabre o penhasco

Já vê, se é grande a eminência:

Por que busque o fim da vida,

Na violência de uma queda.


Já louco se precipita;

E já se suspende: a mesma

Apetência do tormento

Maior tormento lhe ordena.


Pastores, vêde a Daliso;

Vede o estado qual seja

De um pastor, que em outro tempo

Glória destes montes era:


Vêde, como sem cuidado

Pastar pelos montes deixa

As ovelhas oferecidas

As iras de qualquer fera.


Vêde, como desta rama,

Que fúnebre está, suspensa

Deixou a lira, que há pouco,

Pulsava pela floresta.


Vêde, como já não gosta

Da barra, dança, e carreira;

E ao pastoril exercício

De todo já se rebela.


Segundo o volto, que neste

Rústico penedo ostenta,

Cuido, que o fizeram louco

Desprezos da bela Altéia.


Cláudio Manuel da Costa



4. ANTANDRA - ROMANCE II


Pastora do branco arminho,

Não me sejas tão ingrata:

Que quem veste de inocente,

Não se emprega em matar almas.


Deixa o gado, que conduzes;

Não o guies à montanha:

Porque em poder de uma fera,

Não pode haver segurança.


Mas ah! Que o teu privilégio,

É louco, quem não repara:

Pois suavizando o martírio,

Obrigas mais, do que matas.


Eu fugirei; eu, pastora,

Tomarei somente as armas;

E hão de conspirar comigo

Todo o campo, toda a praia.


Tenras ovelhas,

Fugi de Antandra;

Que é flor fingida,

Que áspides cria, que venenos guarda.



Cláudio Manoel da Costa



5. A MORTE DE SALÍCIO


EPICÉDIO II


Espírito imortal, tu que rasgando

Essa esfera de luzes, vais pisando

Do fresco Elísio a região bendita,

Se nesses campos, onde a glória habita,

Centro do gosto, do prazer estância,

Entrada se permite à mortal ânsia

De uma dor, de um suspiro descontente,

Se lá relíquia alguma se consente

Desta cansada, humana desventura,

Não te ofendas, que a vítima tão pura,

Que em meus ternos soluços te ofereço,

Busque seguir-te, por lograr o preço

Daquela fé, que há muito consagrada

Nas aras da amizade foi jurada.


Bem sabes, que o suavíssimo perfume,

Que arder pode do amor no casto lume,

Os suores não são deste terreno,

Que odorífero sempre, e sempre ameno,

Em coalhadas porções Chipre desata:

Mais que os tesouros, que feliz recata

A arábica região, amor estima

Os incensos, que a fé, que a dor anima,

Abrasados no fogo da lembrança.

Esta pois a discreta segurança,

Com que chega meu peito saudoso,

A acompanhar teu passo venturoso,


Oh sempre suspirado, sempre belo,

Espírito feliz: a meu desvelo

Não negues, eu te rogo, que constante

Viva a teu lado sombra vigilante.


Inda que estejas de esplendor cercada,

Alma feliz, na lúcida morada,

Que na pompa dos raios luminosa

Pises aquela esfera venturosa,

Que a teu merecimento o Céu destina;

Nada impede, que a chama peregrina

De uma saudade aflita, e descontente,

Te assista acompanhando juntamente.

Antes razão será, que debuxada

Em meu tormento aquela flor prostrada,

Sol em teus resplendores te eternizes,

E Clície em minha mágoa me divises;

Entre raios crescendo, entre lamentos,

Em mim a dor, em ti os luzimentos.


Se porém a infestar da Elísia esfera

A contínua, brilhante primavera

Chegar só pode o lastimoso rosto

Deste meu triste, fúnebre desgosto,

Eu desisto do empenho, em que deliro;

E as asas encurtando a meu suspiro,

Já não consinto, que seu vôo ardente

A acompanhar-te suba diligente:

Antes no mesmo horror, na sombra escura

Da minha inconsolável desventura

Eu quero lastimar meu fado tanto,

Que sufocado em urnas de meu pranto,

A tão funesto, líquido dispêndio,

A chama apague deste ardente incêndio.


Indigno sacrifício de uma pena,

Que chega a perturbar a paz serena

De umas almas, que em campos de alegria

Gozam perpétua luz, perpétuo dia;

Que adorando a concórdia, desconhecem

Os sustos, que da inveja os braços tecem;

Que ignoram o rigor do frio inverno;

E que em brando concerto, em jogo alterno

Gozam toda a suavíssima carreira

De uma sorte risonha, e lisonjeira.


Ali, entre os favônios mais suaves,

A consonância ofenderei das aves,

Que arrebatando alegres os ouvidos,

Discorrem entre os círculos luzidos

De toda a vegetante, amena estância.

Ali pois as memórias de minha ânsia

Não entrarão, Salício: que não quero

Ser contigo tão bárbaro, e tão fero,

Que um bem, em cuja posse estás ditoso,

Triste magoe, infeste lastimoso.


Cá vivera comigo a minha pena,

Penhor inextinguível, que me ordena

A sempre viva, e imortal lembrança.

Ela me está propondo na vingança

De meu fado inflexível, ó Salício,

Aquele infausto, trágico exercício,

Que os humanos progressos acompanha.

Quem cuidara, que fosse tão estranha,

Tão pérfida, tão ímpia a força sua,

Que maltratar pudesse a idade tua,

Adornada não só daquele raio,

Que anima a flor, que se produz em maio;

Mas inda de frutíferos abonos,

Que antecipa a cultura dos outonos!


Cinco lustros o Sol tinha dourado

(Breves lustros enfim, Salício amado),

Quando o fio dos anos encolhendo,

Foi Átropos a teia desfazendo:

Um golpe, e outro golpe preparava:

Para empregá-lo a força lhe faltava;

Que mil vezes a mão, ou de respeito,

De mágoa, ou de temor, não pôs o efeito.

Desatou finalmente o peregrino


Fio, que já tecera. Ah se ao destino

Pudera embaraçar nossa piedade!

Não te glories, trágica deidade,

De um triunfo, que levas tão precioso:

Desar é de teu braço indecoroso;

Que inda que a fúria tua o tem roubado,

A nossa dor o guarda restaurado.


Vive entre nós ainda na memória,

A que ele nos deixou, eterna glória;

Dispêndios preciosos de um engenho,

Ou já da natureza desempenho,

Ou para a nossa dor só concedido.

Salício, o pastor nosso, tão querido,

Prodígio foi no raro do talento,

Sobre todo o mortal merecimento;

E prodígio também com ele agora

Se faz a mágoa, que o lastima e chora.


A lutuosa vítima do pranto

Melhor, que o imarcescível amaranto,

Te cerca, ó alma grande, a urna triste;

O nosso sentimento aqui te assiste,

Em nênias entoando magoadas

Hinos saudosos, e canções pesadas.


Quiséramos na campa, que te cobre,

Bem que o tormento ainda mais se dobre,

Gravar um epitáfio, que declare,

Quem o túmulo esconde; e bem que apare

Qualquer engenho a pena, em nada atina.

Vive outra vez: das cinzas da ruína

Ressuscita, ó Salício; dita; escreve;

Seja o epitáfio teu: a cifra breve

Mostrará no discreto, e no polido,

Que é Salício, o que aqui vive escondido


Cláudio Manuel da Costa

5 Poemas de Cláudio Manuel da Costa


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Cláudio Manuel da Costa escritor brasileiro que, segundo o site Wikipedia, destacou-se pela sua obra poética e pelo seu envolvimento na Inconfidência Mineira. Foi também advogado de prestígio, fazendeiro abastado, cidadão ilustre, pensador de mente aberta e amigo do Aleijadinho, a quem teria possibilitado o acesso às bibliotecas clandestinas que seriam mais tarde apreendidas aos Inconfidentes


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João 3 16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.