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23 Poemas de João da Cruz e Souza - Broquéis

23 Poemas de João da Cruz e Souza  - Broquéis - Sugeridos para Estudos, ENEM, Vestibular e Concursos


1.  DANÇA DO VENTRE

 Torva, febril, torcicolosamente,

 Numa espiral de elétricos volteios,

 Na cabeça, nos olhos e nos seios

 Fluíam-lhe os venenos da serpente.


 Ah! que agonia tenebrosa e ardente!

 Que convulsões, que lúbricos anseios,

 Quanta volúpia e quantos bamboleios,

 Que brusco e horrível sensualismo quente.


 O ventre, em pinchos, empinava todo

 Como reptil abjeto sobre o lodo,

 Espolinhando e retorcido em fúria.


 Era a dança macabra e multiforme

 De um verme estranho, colossal, enorme,

 Do demônio sangrento da luxúria! 


Cruz e sousa

Broquéis


2. ESCRAVOCRATAS


Oh! Trânsfugas do bem que sob o manto régio

Manhosos, agachados — bem como um crocodilo,

Viveis sensualmente à luz dum privilégio

Na pose bestial dum cágado tranqüilo.


Eu rio-me de vós e cravo-vos as setas

Ardentes do olhar — formando uma vergasta

Dos raios mil do sol, das iras dos poetas,

E vibro-vos à espinha — enquanto o grande basta


O basta gigantesco, imenso, extraordinário —

Da branca consciência — o rútilo sacrário

No tímpano do ouvido — audaz me não soar.


Eu quero em rude verso altivo adamastórico,

Vermelho, colossal, d'estrépito, gongórico,

Castrar-vos como um touro — ouvindo-vos urrar! 


João da Cruz e Sousa


3. CRISTO DE BRONZE


 Ó Cristos de ouro, de marfim, de prata,

 Cristos ideais, serenos, luminosos,

 Ensangüentados Cristos dolorosos

 Cuja cabeça a Dor e a Luz retrata.


 Ó Cristos de altivez intemerata,

 Ó Cristos de metais estrepitosos

 Que gritam como os tigres venenosos

 Do desejo carnal que enerva e mata.


 Cristos de pedra, de madeira e barro...

 Ó Cristo humano, estético, bizarro,

 Amortalhado nas fatais injúrias...


 Na rija cruz aspérrima pregado

 Canta o Cristo de bronze do Pecado,

 Ri o Cristo de bronze das luxúrias!... 


João da Cruz e Sousa - Broquéis


4. CLAMANDO...


 Bárbaros vãos, dementes e terríveis

 Bonzos tremendos de ferrenho aspecto,

 Ah! deste ser todo o clarão secreto

 Jamais pôde inflamar-vos, Impassíveis!


 Tantas guerras bizarras e incoercíveis

 No tempo e tanto, tanto imenso afeto,

 São para vós menos que um verme e inseto

 Na corrente vital pouco sensíveis.


 No entanto nessas guerras mais bizarras

 De sol, clarins e rútilas fanfarras,

 Nessas radiantes e profundas guerras...


 As minhas carnes se dilaceraram

 E vão, das llusões que flamejaram,

 Com o próprio sangue fecundando as terras... 


João da Cruz e Sousa - Broquéis



5. BRAÇOS


 Braços nervosos, brancas opulências,

 Brumais brancuras, fúlgidas brancuras,

 Alvuras castas, virginais alvuras,

 Lactescências das raras lactescências.


 As fascinantes, mórbidas dormências

 Dos teus abraços de letais flexuras,

 Produzem sensações de agres torturas,

 Dos desejos as mornas florescências.


 Braços nervosos, tentadoras serpes

 Que prendem, tetanizam como os herpes,

 Dos delírios na trêmula coorte...


 Pompa de carnes tépidas e flóreas,

 Braços de estranhas correções marmóreas,

 Abertos para o Amor e para a Morte! 

João da Cruz e Sousa - Broquéis



6. CANÇÃO DA FORMOSURA

CANÇÃO DA FORMOSURA

 Vinho de sol ideal canta e cintila
 Nos teus olhos, cintila e aos lábios desce,
 Desce a boca cheirosa e a empurpurece,
 Cintila e canta após dentre a pupila.

 Sobe, cantando, à limpidez tranqüila
 Da tu'alma estrelada e resplandece,
 Canta de novo e na doirada messe
 Do teu amor se perpetua e trila...

 Canta e te alaga e se derrama e alaga...
 Num rio de ouro, iriante, se propaga
 Na tua carne alabastrina e pura.

 Cintila e canta, na canção das cores,
 Na harmonia dos astros sonhadores,
 A Canção imortal da Formosura! 

7. BEIJOS


Nesta Tebaida infinita
Da vida, na sombra oculto,
Eu gosto de olhar o vulto
De uma criança bonita.

Porque afinal as crianças,
Como eu deslumbro-me ao vê-las,
Cintilam como as estrelas,
Florescem como esperanças.

Dentro de mim se projeta
A luz cambiante dos prismas
E batem asas as cismas
Qual passarada irrequieta.

E batem asas e ruflam,
Pelas artísticas plagas,
As auras que as grandes vagas
Dos fundos mares insuflam.

E digo, ó mães, se uma aurora
Fosse a minh’alma sincera,
Os clarões todos eu dera
A uma criança que chora.

Porque se a luz fortalece
Arbustos e as andorinhas,
Também por certo às criancinhas
Conforta, avigora, aquece.

E eu que aplaudo e que rimo
Tudo isso que à luz se regre,
Na vibração mais alegre
As criancinhas estimo.

Portanto, assim, sem refolhos
Beijando a Olga, beijando
Meus sonhos vão, irradiando,
Se derramar em seus olhos! 


8. PARANAGUADAS


Que importa que tu fales
Que importa que tu files
Que importa que não cales,
Que importa que tu fales
Que importa que te rales,
Que importa-me essa bílis
Que importa que tu fales
Que importa que tu files.

João da Cruz e Sousa


9. SIDERAÇÕES


 Para as Estrelas de cristais gelados
 As ânsias e os desejos vão subindo,
 Galgando azuis e siderais noivados
 De nuvens brancas a amplidão vestindo...

 Num cortejo de cânticos alados
 Os arcanjos, as cítaras ferindo,
 Passam, das vestes nos troféus prateados,
 As asas de ouro finamente abrindo...

 Dos etéreos turíbulos de neve
 Claro incenso aromal, límpido e leve,
 Ondas nevoentas de Visões levanta...

 E as ânsias e os desejos infinitos
 Vão com os arcanjos formulando ritos
 Da Eternidade que nos Astros canta... 


João da Cruz e Sousa - Broquéis


10. MÚMIA


 Múmia de sangue e lama e terra e treva,
 Podridão feita deusa de granito,
 Que surges dos mistérios do Infinito
 Amamentada na lascívia de Eva.

 Tua boca voraz se farta e ceva
 Na carne e espalhas o terror maldito,
 O grito humano, o doloroso grito
 Que um vento estranho para os limbos leva.

 Báratros, criptas, dédalos atrozes
 Escancaram-se aos tétricos, ferozes
 Uivos tremendos com luxúria e cio...

 Ris a punhais de frígidos sarcasmos
 E deve dar congélidos espasmos
 O teu beijo de pedra horrendo e frio!... 

João da Cruz e Sousa - Borquéis

11. EM SONHOS...


 Nos Santos óleos do luar, floria
 Teu corpo ideal, com o resplendor da Helade...
 E em toda a etérea, branda claridade
 Como que erravam fluidos de harmonia...

 As Águias imortais da Fantasia
 Deram-te as asas e a serenidade
 Para galgar, subir à Imensidade
 Onde o clarão de tantos sóis radia.

 Do espaço pelos límpidos velinos
 Os Astros vieram claros, cristalinos,
 Com chamas, vibrações, do alto, cantando...

 Dos santos óleos do luar envolto
 Teu corpo era o Astro nas esferas solto,
 Mais Sóis e mais Estrelas fecundando! 

João da Cruz e Sousa - Borquéis

12. LUBRICIDADE


 Quisera ser a serpe venenosa
 Que dá-te medo e dá-te pesadelos
 Para envolver-me, ó Flor maravilhosa,
 Nos flavos turbilhões dos teus cabelos.

 Quisera ser a serpe veludosa
 Para, enroscada em múltiplos novelos,
 Saltar-te aos seios de fluidez cheirosa
 E babujá-los e depois mordê-los...

 Talvez que o sangue impuro e flamejante
 Do teu lânguido corpo de bacante,
 Da langue ondulação de águas do Reno

 Estranhamente se purificasse... 



13. ANTÍFONA


Broquéis, de Cruz e Sousa 

 Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
 De luares, de neves, de neblinas!...
 Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
 Incensos dos turíbulos das aras...

 Formas do Amor, constelarmente puras,
 De Virgens e de Santas vaporosas...
 Brilhos errantes, mádidas frescuras
 E dolências de lírios e de rosas...

 Indefiníveis músicas supremas,
 Harmonias da Cor e do Perfume...
 Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
 Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume...

 Visões, salmos e cânticos serenos,
 Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes...
 Dormências de volúpicos venenos
 Sutis e suaves, mórbidos, radiantes...

 Infinitos espíritos dispersos,
 Inefáveis, edênicos, aéreos,
 Fecundai o Mistério destes versos
 Com a chama ideal de todos os mistérios.

 Do Sonho as mais azuis diafaneidades
 Que fuljam, que na Estrofe se levantem
 E as emoções, sodas as castidades
 Da alma do Verso, pelos versos cantem.

 Que o pólen de ouro dos mais finos astros
 Fecunde e inflame a rime clara e ardente...
 Que brilhe a correção dos alabastros
 Sonoramente, luminosamente.

 Forças originais, essência, graça
 De carnes de mulher, delicadezas...
 Todo esse eflúvio que por ondas passe
 Do Éter nas róseas e áureas correntezas...

 Cristais diluídos de clarões alacres,
 Desejos, vibrações, ânsias, alentos,
 Fulvas vitórias, triunfamentos acres,
 Os mais estranhos estremecimentos...

 Flores negras do tédio e flores vagas
 De amores vãos, tantálicos, doentios...
 Fundas vermelhidões de velhas chagas
 Em sangue, abertas, escorrendo em rios.....

 Tudo! vivo e nervoso e quente e forte,
 Nos turbilhões quiméricos do Sonho,
 Passe, cantando, ante o perfil medonho
 E o tropel cabalístico da Morte...


14. FLOR DO MAR


 És da origem do mar, vens do secreto,
 Do estranho mar espumaroso e frio
 Que põe rede de sonhos ao navio
 E o deixa balouçar, na vaga, inquieto.

 Possuis do mar o deslumbrante afeto,
 As dormências nervosas e o sombrio
 E torvo aspecto aterrador, bravio
 Das ondas no atro e proceloso aspecto.

 Num fundo ideal de púrpuras e rosas
 Surges das águas mucilaginosas
 Como a lua entre a névoa dos espaços...

 Trazes na carne o eflorescer das vinhas,
 Auroras, virgens músicas marinhas,
 Acres aromas de algas e sargaços... 

Cruz e Sousa
Broquéis



15.A DOR


 Torva Babel das lágrimas, dos gritos,
 Dos soluços, dos ais, dos longos brados,
 A Dor galgou os mundos ignorados,
 Os mais remotos, vagos infinitos.

 Lembrando as religiões, lembrando os ritos,
 Avassalara os povos condenados,
 Pela treva, no horror, desesperados,
 Na convulsão de Tântalos aflitos.

 Por buzinas e trompas assoprando
 As gerações vão todas proclamando
 A grande Dor aos frígidos espaços...

 E assim parecem, pelos tempos mudos,
 Raças de Prometeus titânios, rudos,
 Brutos e colossais, torcendo os braços! 

Cruz e Sousa
Broquéis

16. SONHADOR


 Por sóis, por belos sóis alvissareiros,
 Nos troféus do teu Sonho irás cantando,
 As púrpuras romanas arrastando,
 Engrinaldado de imortais loureiros.

 Nobre guerreiro audaz entre os guerreiros,
 Das Idéias as lanças sopesando,
 Verás, a pouco e pouco, desfilando
 Todos os teus desejos condoreiros...

 Imaculado, sobre o lodo imundo,
 Há de subir, com as vivas castidades,
 Das tuas glórias o clarão profundo.

 Há de subir, além de eternidades,
 Diante do torvo crocitar do mundo,
 Para o branco Sacrário das Saudades! 

Cruz e Sousa
Broquéis

17. VISÃO DA MORTE


 Olhos voltados para mim e abertos
 Os braços brancos, os nervosos braços,
 Vens d'espaços estranhos, dos espaços
 Infinitos, intérminos, desertos...

 Do teu perfil os tímidos, incertos
 Traços indefinidos, vagos traços
 Deixam, da luz nos ouros e nos aços,
 Outra luz de que os céus ficam cobertos.

 Deixam nos céus uma outra luz mortuária,
 Uma outra luz de lívidos martírios,
 De agonias, de mágoa funerária...

 E causas febre e horror, frio, delírios,
 Ó Noiva do Sepulcro, solitária,
 Branca e sinistra no clarão dos círios! 

Cruz e Sousa
Broquéis

18. MONJA


 Ó Lua, Lua triste, amargurada,
 Fantasma de brancuras vaporosas,
 A tua nívea luz ciliciada
 Faz murchecer e congelar as rosas.

 Nas flóridas searas ondulosas,
 Cuja folhagem brilha fosforeada,
 Passam sombras angélicas, nivosas,
 Lua, Monja da cela constelada.

 Filtros dormentes dão aos lagos quietos,
 Ao mar, ao campo, os sonhos mais secretos,
 Que vão pelo ar, noctâmbulos, pairando...

 Então, ó Monja branca dos espaços,
 Parece que abres para mim os braços,
 Fria, de joelhos, trêmula, rezando... 

Cruz e Sousa
Broquéis

19. DEUSA SERENA


 Espiritualizante Formosura
 Gerada nas Estrelas impassíveis,
 Deusa de formas bíblicas, flexíveis,
 Dos eflúvios da graça e da ternura.

 Açucena dos vales da Escritura,
 Da alvura das magnólias marcesáveis,
 Branca Via-Láctea das indefiníveis
 Brancuras, fonte da imortal brancura.

 Não veio, é certo, dos pauis da terra
 Tanta beleza que o teu corpo encerra, 
 Tanta luz de luar e paz saudosa...

 Vem das constelações, do Azul do Oriente,
 Para triunfar maravilhosamente
 Da beleza mortal e dolorosa! 

Cruz e Sousa
Broquéis



20. APARIÇÃO


 Por uma estrada de astros e perfumes
 A Santa Virgem veio ter comigo:
 Doiravam-lhe o cabelo claros lumes
 Do sacrossanto resplendor antigo.

 Dos olhos divinais no doce abrigo
 Não tinha laivos de Paixões e ciúmes:
 Domadora do Mal e do perigo
 Da montanha da Fé galgara os cumes.

 Vestida na alva excelsa dos Profetas
 Falou na ideal resignação de Ascetas,
 Que a febre dos desejos aquebranta.

 No entanto os olhos d’Ela vacilavam,
 Pelo mistério, pela dor flutuavam,
 Vagos e tristes, apesar de Santa! 

Cruz e Sousa
Broquéis


21. VESPERAL


 Tardes de ouro para harpas dedilhadas
 Por sacras solenidades
 De catedrais em pompa, iluminadas
 Com rituais majestades.

 Tardes para quebrantos e surdinas
 E salmos virgens e cantos
 De vozes celestiais, de vozes finas
 De surdinas e quebrantos...

 Quando através de altas vidraçarias
 De estilos góticos, graves,
 O sol, no poente, abre tapeçarias,
 Resplandecendo nas naves...

 Tardes augustas, bíblicas, serenas,
 Com silêncio de ascetérios
 E aromas leves, castos, de açucenas
 Nos claros ares sidéreos...

 Tardes de campos repousados, quietos,
 Nos longes emocionantes... 
 De rebanhos saudosos, de secretos
 Desejos vagos, errantes...

 Ó Tardes de Beethoven, de sonatas,
 De um sentimento aéreo e velho...
 Tardes da antiga limpidez das pratas,
 De Epístolas do Evangelho!... 

Cruz e Sousa
Broquéis



22. FOEDERIS ARCA


 Visão que a luz dos Astros louros trazes, 
 Papoula real tecida de neblinas
 Leves, etéreas, vaporosas, finas,
 Com aromas de lírios e lilazes.

 Brancura virgem do cristal das frases,
 Neve serena das regiões alpinas,
 Willis juncal de mãos alabastrinas,
 De fugitivas correções vivazes.

 Floresces no meu Verso como o trigo,
 O trigo de ouro dentre o sol floresce
 E és a suprema Religião que eu sigo...

 O Missal dos Missais, que resplandece,
 A igreja soberana que eu bendigo
 E onde murmuro a solitária prece!... 

Cruz e Souza
Broquéis

23 REGINA COELI


 Ó Virgem branca, Estrela dos altares,
 Ó Rosa pulcra dos Rosais polares!

 Branca, do alvor das âmbulas sagradas
 E das níveas camélias regeladas.

 Das brancuras de seda sem desmaios
 E da lua de linho em nimbo e raios.

 Regina Coeli das sidéreas flores,
 Hóstia da Extrema-Unção de tantas dores.

 Ave de prata e azul, Ave dos astros...
 Santelmo aceso, a cintilar nos mastros...

11
 Gôndola etérea de onde o Sonho emerge...
 Água Lustral que o meu Pecado asperge.

 Bandolim do luar, Campo de giesta,
 Igreja matinal gorjeando em festa.

 Aroma, Cor e Som das Ladainhas
 De Maio e Vinha verde dentre as vinhas.

 Dá-me, através de cânticos, de rezas,
 O Bem, que almas acerbas torna ilesas.

 O Vinho d’ouro, ideal, que purifica
 Das seivas juvenis a força rica.

 Ah! faz surgir, que brote e que floresça
 A Vinha d’ouro e o vinho resplandeça.

 Pela Graça imortal dos teus Reinados
 Que a Vinha os frutos desabroche iriados.

 Que frutos, flores, essa Vinha brote
 Do céu sob o estrelado chamalote.

 Que a luxúria poreje de áureos cachos
 E eu um vinho de sol beba aos riachos.

 Virgem, Regina, Eucaristia, Coeli,
 Vinho é o clarão que ao teu Amor impele.

 Que desabrocha ensangüentadas rosas
 Dentro das naturezas luminosas.

 Ó Regina do Mar! Coeli! Regina!
 Ó Lâmpada das naves do Infinito!
 Todo o Mistério azul desta Surdina
 Vem d’estranhos Missais de um novo Rito!... 

Regina Coeli, de Cruz e Sousa

Cruz e Sousa
Broquéis


23 Poemas de João da Cruz e Souza  - Broquéis


Veja também

Quem foi João da Cruz e Sousa?


Seus poemas são marcados pela musicalidade (uso constante de aliterações), pelo individualismo, pelo sensualismo, às vezes pelo desespero, às vezes pelo apaziguamento, além de uma obsessão pela cor branca (Wikipedia)

João da Cruz e Sousa (Nossa Senhora do Desterro, 24 de novembro de 1861 — Curral Novo, 19 de março de 1898) foi um poeta brasileiro. Com a alcunha de Dante Negro ou Cisne Negro, foi um dos principais representantes do simbolismo no Brasil.

Segundo Antonio Candido, Cruz e Sousa foi o "único escritor eminente de pura raça negra na literatura brasileira, onde são numerosos os mestiços".[1]

João da Cruz e Sousa Com a alcunha de Dante Negro ou Cisne Negro, foi um dos precursores do simbolismo no Brasil foi o único escritor eminente de pura raça negra na literatura brasileira, onde são numerosos os mestiços (Wikipedia)


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João 3 16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.